sábado, 23 de junho de 2012

Adorável frio, desnecessária perplexidade.

Em um frio qualquer, uma janela aberta convidava a brisa gelada para entrar naquele quarto não muito grande, de cores vibrantes.Os minutos passavam como se estivessem atrasados para pegar o último trem de volta para casa; corriam desesperadamente. E eu permaneci, me sentindo como aquela mala recém chegada de longa viagem; cheia. Estive à espera de um coração que entendesse meus devaneios. À espera de um dia calmo, verdadeiramente calmo, bem aproveitado. Procurei por lembranças, memórias guardadas à tanto, e esperei que estas me levassem àquela sensação de conquista. Esperei por algo que me levasse a dar linhas às paginas vazias que encontrasse pelo caminho. Esperei que a saudade se cansasse e partisse. Esperei pelo abraço e por aquele colo que me conforta. Aguardei pela paz na minha mente e esperei para desafogar tudo aquilo que estivesse pesando em meus olhos na forma líquida e um pouco salgada. Que a vontade de gritar para os quatro, cinco, seis ventos desaparecesse e que aquelas dúvidas maçantes parassem de me chutar a canela. Esperei naquela noite, com o frio que me agradava. E foi esperando, que adormeci. Claro, após fechar a janela, que por mais que me agradassem seus ares gelados, parecia trazer mais confusão para quem menos precisava, e talvez até uma pneumonia.

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